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Terapia de casal além da monogamia: como construir vínculos éticos e conscientes em diferentes formas de amar

  • Foto do escritor: Micheli Aparecida de Paula
    Micheli Aparecida de Paula
  • 27 de ago
  • 2 min de leitura

duas pessoas unem as mãos em formato de coração e o sol é visto entre elas
Qual sua forma de amar?

Muitas vezes, quando pensamos em terapia de casal, imaginamos um modelo único de relação: o casal monogâmico tradicional. Mas a realidade é que o amor pode se expressar de diversas formas — e todas elas merecem respeito, cuidado e acolhimento. Na minha prática clínica, recebo casais em diferentes configurações: monogâmicos, em relações abertas, não monogâmicos, poliamor e outras possibilidades de vínculo. Mais do que “encaixar” as pessoas em moldes, a terapia de casal é um espaço para pensar juntos como construir relações éticas, conscientes e potentes.


O que significa olhar além da monogamia

A monogamia não é apenas uma escolha, mas também uma norma social que, muitas vezes, se impõe como única forma legítima de amar. Esse imperativo pode gerar sofrimento, inseguranças e até silenciamento de desejos. Na terapia, abrimos espaço para refletir sobre como cada casal quer se relacionar, reconhecendo que não existe fórmula pronta: existe a construção singular de cada vínculo.


um casal se beijando na beira da estrada, ele em pé segura ela no colo.
Ética do Cuidado
A ética da não monogamia política

Meu trabalho é conduzido a partir do referencial da Não Monogamia Política, entendida como uma ética relacional que valoriza:

  • Autonomia: cada pessoa tem direito de viver suas escolhas de forma consciente.

  • Responsabilidade afetiva: estar disponível para dialogar, ouvir e cuidar dos efeitos de nossas escolhas no outro.

  • Cuidado mútuo: construir vínculos baseados em respeito, escuta e solidariedade.

Essa ética é válida para todos os casais, inclusive os que escolhem a exclusividade. Porque mais do que o “formato da relação”, o que importa é a qualidade dos encontros e a liberdade de escolha.


Terapia de casal como espaço político

Relações não acontecem em uma bolha: elas são atravessadas por gênero, raça, classe, sexualidade e por normas cis-heteronormativas que reproduzem desigualdades e violências. Na terapia, reconhecemos esses atravessamentos e buscamos criar modos de estar junto que resistam a essas imposições, promovendo vínculos mais livres, inclusivos e saudáveis.


um casal idoso sentado de frente para o mar segurando um balão
Cultivar o que alimenta a Vida
Para além da crise: um espaço de criação

A terapia de casal não é apenas para momentos de conflito ou crise. Ela pode ser um espaço de invenção: para fortalecer a comunicação, redescobrir desejos, revisar acordos e experimentar novas formas de estar junto.


A terapia de casal é um convite para repensar as formas de amar e viver relações, respeitando a singularidade de cada história. Mais do que resolver problemas, é uma oportunidade de criar vínculos mais conscientes, éticos e potentes. Se você e sua parceria sentem que é hora de olhar para a relação com mais cuidado, estarei aqui para caminhar junto nesse processo.


Micheli Aparecida de Paula

Psicóloga Clínica, Política & Social

CRP: 06/100735

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